terça-feira, 8 de outubro de 2013

Tiro o chapéu pra gente assim...

Tiro o chapéu com muito prazer para algumas pessoas.
Minha atenção e reconhecimento a quem busca crescer... Afinal, a que viemos? Nossos propósitos pessoais se convertem para crescermos sendo pessoas melhores. Fato. Não me refiro aos números, aos patrimônios, à detenção de títulos, aos carros mais potentes ou outro “qualquer ter assim”... Refiro-me ao crescer em “ser”...
E volto às minhas mãos que tiram o chapéu pra gente especial.
Tiro o meu chapéu com uma admiração imensa pra quem redesenha a história, independentemente, de em qual fase esteja no “jogo da vida”. E olha no espelho com um ar soberano dizendo em voz firme: Qual o problema de recomeçar?
Ah... tiro o meu chapéu para quem reescreve páginas da sua história ou, muito melhor dizendo, apenas muda o roteiro, o contexto para que os próximos capítulos venham renovados. Afinal, nada se perdeu. Claro que não. Aquele tempo dos capítulos deixados são parte da história e irão seguir, honrosamente, fazendo parte desse livro de história – a vida.
Não obstante, devo também reafirmar que tiro o chapéu para as mulheres guerreiras. Doces, delicadas, sutis, discretas, brandas ou outras totalmente diferentes de tudo isso, mas, antes de tudo e, sobretudo, guerreiras de alma. Aquelas que enxugam lágrimas, sacodem a poeira, encontram seu batom vermelho ou seu gloss “nude” e correm pro caminho novo...
Tiro o meu chapéu, hoje, para estas pessoas sábias. Que em algum momento, permitem que a “ficha caia”, que a música seja tocada no lado B, que a página seja virada. Tudo isso sem se importar com qualquer vampirismo que tente abafar, com qualquer energia decrescente que questione, com qualquer “vibe” desarmoniosa que não combine com quem segue em frente, mas que acaba existindo pra testar a força...
Porque, melhor que tudo, é acordar feliz, cheinho de vontade de ver o sol e
de colocar a mão na massa, ou melhor, colocar um talento especial à mercê de um dia melhor pro mundo da gente mesmo, de quem nos rodeia e do mundo todo. Melhor que tudo, é fazer o que a gente ama e, por isso, ter amor e humor suficientes pra existir, dignamente!
Às pessoas que redesenham sua história, a qualquer hora ou sempre que necessário, eu tiro meu chapéu!
Parabéns por vocês!
Dignidade e fidelidade à própria vida!
Toda hora é hora de redesenhar...
A-do-ro!!!

- Cacilda Drumond -

(#"jm"emumapaginadedividindoavidaempalavras)

domingo, 6 de outubro de 2013

Casas Mágicas

Alguns lugares nos transpõem do mundo físico. 
Nada de magia, é harmonia mesmo... 
Cada cantinho tem cara de história, uma escada faz subir e descer um pouco de poesia, o telhado parece que abraça e, onde há paredes, não são divisões. São trespasses de capítulos pra mais um pouco de história, um misto de amor preservado com respeito ao passado que não passará nunca porque tá na alma, bem consolidado!
Alguns lugares são santuários. Não precisam ser rotulados: novos ou velhos, contemporâneos ou históricos, simples ou sofisticados, pequenos ou grandes. Nada de menos, nada demais! Adimensionais e atemporais no astral, aura bacana de desfrutar! Santuários de gente que vive... E se não são santos nós que ali transitamos, sentida é uma benção no ar. Harmonia na atmosfera de paz, paz na atmosfera harmônica que privilegia quem chega e vai... Coisa boa casa que acolhe!!!
Tem lugar que ampara mesmo. 
E tem uns dias que a gente tem dor de alma, tipo: dor de cotovelo, saudade doída, vontade de colo... ou qualquer dia assim tipo com falta de ar, falta de gente, falta de colo, banzo ou saudade básica... Ahhhhhh... Bom mesmo é saber que a gente sabe uns endereços pra onde fugir e esperar tudo passar... Acolhidos e acalentados pela harmonia de uma casa que abraça...
Gosto muito de casa que abraça!!!
E do povo que me leva pra elas...

- Cacilda Drumond -

Deus na Vida

Para a arrogância, tolerância.
Pro inconformismo, otimismo.
Pra infância, limites e alegria.
Pra adolescência, paciência.

Ao amor, corpo e alma.
À paixão, uma dose de razão,
Aos pais, reconhecimento.
Aos filhos, dedicação.

No trabalho, disposição.
Na diversão, prazer.
Na rotina, sabedoria.
No imprevisto, discernimento.

Na vida, em qualquer sentimento, Deus bem vivo e forte em cada ação que nos faça merecer ser filho aprendiz... Da forma mais completa e fiel que cada possa exercer sua fé, sem rótulos e com valores em cada atitude.

Na vida, Deus presente pra gente seguir!!!

- Cacilda Drumond -

sábado, 5 de outubro de 2013

Donos de nada

Se a gente fosse mesmo bem esperto,
Saberia não ser dono do mundo...
Nem do nosso mundo próprio, nem tampouco do mundo dos nossos...
E todos seriamos mais sutis, possivelmente mais leves, menos sérios e mais ocupados com o prazer de um agora bem sem compromisso... Ou talvez apenas fiel ao viver de verdade aquela hora.
E pronto!
Ao preconceito daríamos as costas, formando bons conceitos.
A preocupação poderia ser preterida para que a ocupação de algum muito, tudo ou nada fosse preferido pelo nosso tempo de existir.
À predisposição que faz carrancas na alma de alguns viraria disposição de ser sem precisar ter. Disposição de sorrir, tolerar, ensinar e seguir com o outro, pelo outro e para tantos outros em nós.
Se a gente fosse mesmo bem esperto,
Saberia não ser dono do mundo...
Olharia nos olhos, mais de perto...
Aceitaria o imperfeito, amaria o incerto...
Sentiria o limiar discreto do tempo que muda a cena, como a areia é mudada pelo vento...
Assim, de repente...
Sem muito porquê porque tem de ser...
Se a gente fosse mesmo bem esperto,
Saberia não ser dono do mundo...
E então...
Ahhhh... 
Seria embalado mais docemente pelo existir...
No doce embalo de aprender, um brinde à vida!

- Cacilda Drumond -


A alma que se cala...

Silêncio dentro da alma.
Falta do que não pôde ser, mesmo sem certeza de que seria bom.
Ausência do que não foi sentido, ainda que não coubesse em mim.
Distância de um lugar sem eira nem beira porque não há beiradas em meu ser que se estende.
Solidão em casa cheia, hoje não cheia de mim...
Palavra não dita,
História não construída, 
Sentimento não devastado,
Beijo não roubado.
Alguma coisa sem nome
Porque não chegou a ser fato,
Porque não veio à tona de nossa alma,
Porque não é coisa de nós, são coisa feita de nós cegos e atados...
Não souberam ser laços, hoje me são falta de som conhecido.
Por isso, silêncio na alma,
Silêncio de não ser,
Silêncio buscando algum se...
Silêncio dentro da alma.


- Cacilda Drumond -

Donos de nada

Se a gente fosse mesmo bem esperto,
Saberia não ser dono do mundo...
Nem do nosso mundo próprio, nem tampouco do mundo dos nossos...
E todos seriamos mais sutis, possivelmente mais leves, menos sérios e mais ocupados com o prazer de um agora bem sem compromisso... Ou talvez apenas fiel ao viver de verdade aquela hora.
E pronto!
Ao preconceito daríamos as costas, formando bons conceitos.
A preocupação poderia ser preterida para que a ocupação de algum muito, tudo ou nada fosse preferido pelo nosso tempo de existir.
À predisposição que faz carrancas na alma de alguns viraria disposição de ser sem precisar ter. Disposição de sorrir, tolerar, ensinar e seguir com o outro, pelo outro e para tantos outros em nós.
Se a gente fosse mesmo bem esperto,
Saberia não ser dono do mundo...
Olharia nos olhos, mais de perto...
Aceitaria o imperfeito, amaria o incerto...
Sentiria o limiar discreto do tempo que muda a cena, como a areia é mudada pelo vento...
Assim, de repente...
Sem muito porquê porque tem de ser...
Se a gente fosse mesmo bem esperto,
Saberia não ser dono do mundo...
E então...
Ahhhh... 
Seria embalado mais docemente pelo existir...
No doce embalo de aprender, um brinde à vida!

- Cacilda Drumond -


Amor de sempre

Cacilda Drumond
Descobri que quem mora na minha alma, brincou de ir embora mas não conseguiu morrer em mim.
Não!
Ficou lá grudadinho, com ar soberano de quem nunca se vai.
Engraçados esses donos da alma da gente.
Brincam de esconder com nossa memória, vêm protagonizar alguns sonhos e sonos e a gente acorda catando os pedacinhos daquelas sensações de tê-los assim pertinho... Deliciosa saudade de amor vivido!
Dono da minha alma brinca de amor comigo quando sinto sua voz sussurrando de novo um dialeto que me é tão familiar, tão querido, tão propício... Palavras que me ensinaram um dia alguma lição pra sempre. 
Lição vinha falada ou vinha feitinha na minha minha frente em uma ação só pra me dar receita de fazer alguma coisa...
Descobri que quem mora na minha alma, brincou de ir embora mas não conseguiu morrer em mim.
Vai embora nunca mais de mim não...
Enraizadinho na minha alma, fica aqui perambulando na sacada do meu coração com cara de dono, de cuidador, de anjo...
As vezes, me faz sorrir sozinha pro nada.
Outras vezes, faz saudade correr no meu rosto em silêncio úmido.
Mas, e mesmo assim!!!
Quem mora na minha alma, brincou de ir embora mas não conseguiu morrer em mim.
Amei demais e assim, meu amor que é seu, vai permanecer aqui em mim! Sempre!

- Cacilda Drumond -

(‪#‎VovôpaixãodaminhavidabrincandodeamoremumapaginadedividinD‬ oavidaempalavras.04.10.2010 foi ontem)

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Um na Ser Sua Multidão...


          Não ser mais um na mulltidão
                      ou ser a multidão de um em muitos outros mais...
              Ser a cor ideal, 
                           ou ser ideal em cor, em tom, em som.
Ser um pouco mais,
                          uma dose certa,
                                       um tanto faz,
                  dose que acerta seu tom...
                        Ser mais um na multidão de sua solidão,                
                                                          é ser um só no limiar do seu sim ou não.

Não ser mais um na multidão
              ou ser a solidão de uma multidão que se faz em nós.

Nossos nós que nasceram de laços desfeitos,
                             refeitos,
                                    imperfeitos nós de dentro de nós.
              
                 Não ser mais um na multidão,
                          Ser um tanto certo,
                Amor de perto, 
                       Distante imperfeição.

         Pra você,
                   aos seus olhos e à sua alma,
                             ser a multidão de muitos "eus" em  um só
                          me faz ser mais que um ponto de luz no escuro,
                                        me ser mais que uma gota no mar,
                                  me faz ser átomo de sua composição,
                                      me faz certeza de estrela na sua constelação,
                                         tudo de mim em você,
                                               nada de mais um na multidão...

                       Ser multidão de tantos em mim,
                                    Me faz outros de mim em você,
                                Sem me perder da multiplicidade do meu ser.









quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Coleções


Coleção:

... de carrinhos, selos, gibis e figurinhas me traz a infância...

... de palavras me traz folhas de histórias, de causos, daquilo que observo, sinto, cheiro, penso, amo, como, degusto e vivo...

... de chaveiros e bonés me levam a alguém querido que aqui deixou sua coleção e se foi. Coleção virou marca de saudade.

... de sapinhos, corujas ou copinhos de cachaça me remetem aos muitos lugares que a geografia me transportou, me permitindo amar cada cultura, cada povo, cada língua e paisagem. São então passaportes da saudade.

... de rolhas de garrafas de vinho me afirma que fica mais o inebriar possibilitado do que a bebida. Agente passivo vira ativo na mente.

... de obras de arte me leva à indagação do ser e ter... e eu posso questionar a coleção de outro que nem eu sei se quer sim “ser” com seus “teres” investidores? Vá saber...

... de amigos me remete às tribos que, quando se misturam, me levam extrafronteira e me trazem interfronteira aqueles que eu nem pensava ter como transeuntes do cotidiano, mas viram moradores do meu coração, ecleticamente, feliz com tantas figuras diferentes e indiferentes às diferenças que admiro ver e rever.

... Coleção de sentimentos me traz a certeza de que as más ou questionáveis sensações nem devem virar coisa grande dentro de mim. Porque coleção de sentimento que se preze tem que honrar seu espaço de ser guardada, seu carinho de ser cuidada, seu reconhecimento pra ser preservada. Coleção essa, logo, há de ser coleção boa!!! E que o resto se vá como deve ser sem nunca ficar por um espaço de tempo na estante da minha alma. Porque quando libero espaço, cabem novas peças, novos sentires, novos guardares... Só aquilo que mereça brilhar na estante da sala da minha alma por valer a pena ali estar.

E então, por essa coleção maior na arte de ser, vale cada dia de limpeza, de faxina espiritual, de polimento emocional – desapego imprescindível que oxigena todo o ser... E todas as minhas peças podem até não parecer, homogeneamente, perfeitas e belas aos olhos de todos. Mas, que se mostrem merecedoras de ali estar porque tem propósito do bem sentir e me merecem como curadora de si mesmas.

E que a coleção de sentimentos da estante de nossa alma seja bem cuidada porque é o que ficará de nossa história.

Gosto de coleções.

Faço-me então, curadora que anseia coleções de bons sentimentos pra que valha a pena meu ser.
 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Protagonistas no Nosso Palco

Depois que se tem um filho, nunca mais se tem um dia morno, insosso, sem nada pra pensar ou pra fazer...
Talvez alguém até consiga ficar no limiar do nada, mas é opção custosa... Porque lá fora do útero, silenciosamente ou com o som mais lindo do planeta, as vozes filiais clamam por algo ou apenas esperam, na passiva arte de ser filho.
Depois que se tem um filho, a vida fica assaborada demais... Beijo, lágrima, palavra nova, sentimento descoberto, fase que passa, estilo que muda, corpo em transformação, linguagem que se diversifica, opiniões que se formam pra trazer algum recado...
Depois que se vive um filho, reconhece-se a pluralidade do amor: amor que ensina e aprende, limita e liberta, corrige e aconchega, fala e ouve, protege e deixa crescer...
E o amor plural preenche a vida.
Ela fica cheinha do outro em nós mesmos.
Nesse palco, ambiguamente, nos tornamos felizes coadjuvantes que se sentem ainda maiores em cada ato onde contracenamos com nossos pequenos-gigantes protagonistas...
E viver a pluralidade do amor é arte de viver!

- Cacilda Drumond -


(#trânsitobh #amorplural #filhos)

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Poesia Urbana


Uma música boa.
Uma conversa que agregue.
Um elogio.
Alguns sorrisos.
Um mínimo aprendizado de cada lição.
Um pouco da sabedoria de quem já viveu mais que eu.
Um pouco da ingenuidade de quem ainda não chegou à minha idade.
A energia da juventude.
A maturidade da melhor idade.
A beleza interior.
Um detalhe qualquer da perfeição da natureza.
Uma fotografia que capte a alegria de um momento qualquer.
Um livro que traga recados numa história boa.




Alguém que me mostre outras faces de outras moedas, nem melhores, nem piores, mas, algo além de mim.
Uma gentileza no cotidiano.
Um cumprimento no elevador.
Uma atitude profissional leal e desinteressada.
Um pouco de paciência.
Um minuto de disponibilidade ao outro.
A certeza de que nada é óbvio pra todos.
A soberania sutil da humildade.
A convicção de que sempre há muito a aprender.
Tudo tão simples, tão natural, tão possível, tão perto de nossas mãos...
E se a gente não aprimorar a alma, vai ficando sem a perfeição intrínseca dessa simplicidade...

 

Gente Barulhinho Bom

Coração não faz festa à toa...
Coração faz festa pra celebrar e por agradecer quem vive nele...
Coração pulsa mais forte por gente que faz diferença, gente que é barulhinho bom, que marca território e é dono de espaço por merecimento, atitude, palavra, ombro, carinho... 
Coração celebra amigo antigo, celebra amigo novo, celebra amigo que faz presença atemporal porque presença em coração independe de tempo ou de geografia...

Depende mesmo é da ligação que foi frita em algum momento e ficou!!!
Coração não é terra de ninguém, coração é terra de gente que nele soube entrar e ficar!

(Cacilda Drumond)

Gafes

A gente comete gafes, falhas, desvios, vacilos...
A gente erra datas, troca nomes, esquece compromissos, perde a hora...
Ahhhh...a gente deveria não perder o trem, mas a gente perde a estribeira, a paciência, a noção, a gente se perde às vezes...
E nem é bom isso... Ainda agora com as dores e delicias da tecnologia é mais difícil ainda... O mundo nos cobra mais e nós mesmos somos mais radicais c
om o tal do senhor tempo!!!
Mas, pedir desculpas não vai sair de moda nunca!!! Voltar atrás nem quer dizer andar pra atrás... E palavra boa é palavra dita na hora certa! Ops... E se passou a hora certa que façamos certa a próxima hora sem vergonha de reconhecer um vacilo, uma indelicadeza, uma gafe...
E a vida segue... Como deve ser!!!

- Cacilda Drumond -

(#gafeemumapaginaqualquerdedividindoavidaempalavras)

Gente que Colore a Vida da Gente...

Tem gente que ensina a viver só existindo. Sem precisar dar lição, é lição...
Tem gente que brilha em dia nublado ou em dia de sol porque tem luz própria...
Tem gente que é colo e que carrega um mundo de palavras boas cheinhas de carinho pra fazer a gente sorrir de bobeira, ficar feliz por estar ali recebendo abraço de alma...
Tem gente que vem pra vida da gente pra colorir...
E colore com tinta de tatuagem sem sair nunca mais ...
Adoro gente assim!!!

(#queridaestelitaemuapaginaqualquerdedividindoavidaempalavras)

Carta ao Tempo


Senhor Tempo,

Nem ligo pra sua magnitude de tentar dominar meu mundinho... Bem que eu queria arregalar meus olhos nada discretos e te perguntar por que você não vai atormentar mais a vida de quem não ama tanta gente e me não me deixa mais em paz... Não ria de mim, Sua Majestade!!! Não me faça me sentir em desconforto maior com sua soberania de variável “tomadora-de-conta-da-minha-vida”...

Quando eu encontro alguém que eu amo muito e fico constrangida pela contagem que me fazem dos seus números ligados à minha ausência, eu bem que tenho vontade de te materializar pra você levar umas palmadas pela contradição... Mas, como você não é gente e eu nem posso te fazer algo palpável que sinta palmadas, eu me remeto à maturidade dos meus “alguns anos” e explico ao meus que você é só uma variável racional... tudo bem que você é um ladrão de emoções às vezes, mas, é preciso entender na alma pra contar a quem amo que:

- quando eu amo de verdade, tempo e geografia não significa nenhum comprometimento do meu amor;

- quando eu me comprometo com o amor e a delícia de amar alguém, eu tenho laço de alma e se me embaraço nas atividades cotidianas, normalmente, é porque eu também tenho situações racionais pra desembolar no meu mundinho;

- eu já acho normal minha relação com o Senhor Tempo... Verdade!!! Faz tempo que eu não luto com você... Graças a Deus, entendi lá pelas  tantas que convivo com você, mas nem brigo mais... já acho quase normal;

- penso que te aproveito como posso e acho que o Senhor, Sua Majestade Senhor Tempo, deveria jurar a esse povo todo que eu amo que saudade é coisa até boa de se sentir porque é filha do amor que a gente sente... só existe porque a gente ama e por isso tem vontade de amar de novo...

Ah, Senhor Tempo!

Diga ao mundo que você não é nada diante da vida!!!

Diga ao mundo pra se relacionar melhor com o Senhor pra sentir paz...

Porque a gente já faz malabarismo pra fazer tanto na fração de cada coisa e não cabe sofrer porque não tem parcelas suas sobrando... Melhor mesmo é ficar esperto e aprender cada pedacinho seu pra tanta coisa e gente que a gente tem que cuidar no nosso mundinho... Cada qual com sua época de prioridade, cada qual com um pedacinho apropriado do Senhor, Senhor Tempo...

E, sempre que der, a gente brinca de estátua e te congela pra eternizar momentos bons que a vida dá de presente pra gente!!!

Quer saber de uma coisa, Senhor tempo?!? Nem te ligo!!! Porque minha alma tem sensações mais bacanas pra viver...

Mas, vamo lá, Senhor Tempo... Conte ao mundo que você é só um detalhe!!! Redima-se e recolha-se a sua insignificância!!!

Com amor e algum respeito,

Uma ex-escrava e hoje natural-usuária do Senhor, Senhor Tempo!!!

Dia dos Pais


Não gosto de dever palavras. Nem a mim mesma e, sobretudo, a quem mereça ouvi-las, vê-las, senti-las, degustá-las...

Quando alguém deixa de dizer algumas palavras, fica um vácuo no universo... a gente fica devendo...

Que fique claro que eu me refiro às palavras boas, aquelas que fazem o reconhecimento do bem do outro, que fazem um recado de amor chegar ao seu dono, ao provedor daquele sentimento bom.

Um conselho? Não guardemos boas palavras. Transformemo-as em textos, cartões, posts, beijos, abraços e carinhos que falem a quem deva ouvir...

Minhas palavras de débito poderiam ter vindo no dia dos pais. Acho que deveriam, mas, por isso estão aqui. Motivo nobre. Valem para qualquer dia de quaisquer pais...

Por que? Porque quando penso em mim em qualquer momento de autoanálise eu vejo você, papai... vejo cada quadro de uma vida inteira, vejo a gente passeando de Rural, me vejo aprendendo a andar de CG ou dirigindo uma C10 cheinha de madeira numa subida que não me suportaria nem de Ferrari... mas, me suportou porque você tava ali do meu ladinho, ditando a velha máxima de que “quem tem boca, vai à Roma”... e quando eu me vejo engolindo livros de qualquer espécie ou ansiosa por um jornal fechado esperando pelos meus olhos, eu vejo você. E quando eu reviso meu currículo, sempre sinto vontade de fazer um breve relato de todo o significado que cada fala sua teve na minha formação... Papai, esse parágrafo desbancaria meu mestrado, minhas especializações e, principalmente, meu curso de engenharia; você  bem sabe o quanto é mais engenheiro da vida que eu e o quanto me orgulho disso!

E o que mais me faz feliz mesmo, em meio a tantas coisas que poderiam encher um livro de nós dois, é o fato de te falar isso com o maior amor do mundo hoje. Te dizer o quanto é imensa e absoluta em meu coração a certeza de que você fez por mim muito mais do que poderia. Desde a fotografia que você aprendeu pra me registrar e despertar em mim um vício de sempre, das trovas que me trouxeram o gosto pelas palavras, os presentes lindos de antiguidades que só você poderia garimpar pra mim e tantos outros sonhos pequenos e grandes que você viabilizou pela minha vida...  Sem contar aquela frase inesquecível que você disse num dia de muita dor pra mim, olhando nos meus olhos... você disse: “o que você quer que eu faça? Como você quer tudo?” Talvez só você tenha sentido que naquela hora que o vovô mudou de “ares”, tudo o que eu precisava era que alguém me dissesse que estava ali e que eu não tinha ficado sozinha por ter perdido um grande amor de vida inteira... E eu não fiquei sozinha, apenas fiquei com a saudade. Tudo isso é sentido em cada minuto que eu respiro e sou muito grata a Deus por ter me trazido pra você.

Mais do que isso,  sou muito feliz por tido tempo suficiente pra entender todas as coisas e a não julgar nada que venha de você por te enxergar como alguém que só quer o meu bem, sempre!!!

Não gosto de dever palavras.

E você merece as minhas melhores palavras, atitudes, reconhecimento.

Você merece de nós, todo o reconhecimento por ter feito com que sentíssemos proteção, amor e presença incontestável, sempre, nos piores e melhores momentos das nossas vidas.

Parabéns, papai, porque todo dia é dia dos pais pra nós!!! Te amo!!!

 

Ávida Vida...

A vida pede passagem...
O trânsito pede paciência.
O sono pede resistência.
O trabalho pede energia.
As pessoas pedem carinho no agir, tato no tratar, paciência no sublimar, humanidade no aceitar...
A vida pede passagem...
As relações pedem tolerância.
O cotidiano requer resiliência.
As músicas imploram por dignas letras.
A sonoridade pede harmonia.
Crianças pedem valores.
Talento requer reconhecimento.
Abuso requer limites.
A vida pede passagem.
O aprender contínuo pede memória curta para dores e memória profunda para delícias.
A vida pede a absorção dos recados. 
A vida pede passagem. Passagem pela nossa história...
A vida pede um pouco mais de doçura, sorrisos, ombros e ouvidos.
E a vida pede passagem sem prometer ser fácil demais ou insossa...
A vida pede passagem marcante, doce e ávida...  
Que a vida seja ávida!!! 

- Cacilda Drumond - 

(#vidaávidanotransitoemqualquerpaginadedividinsoavidaempalavras)

Limiar Discreto


05/02/13

No que estou pensando???
No limiar discreto entre a vida e a morte...
No quanto nossas atitudes desconsideram esse princípio, quase sempre...
E somos intolerantes por pequenas coisas ou poucos gentis com quem espera um pouco mais de nós...
Por mais que eu celebre o amor que sinto por pessoas especiais na minha história com palavras e gestos, penso agora que se eu as amo devo celebrar ainda muito mais... E ligar mais, postar mais, beijar mais, vivenciar muito mais, degustar com meus ouvidos todo o som que a voz delas trouxer pra mim e com meu coração todo carinho que chegar até mim!!!
Estou pensando... Ahhh...
Como é fácil ganhar uma vida de Deus, vir pro mundo e dedicar tão pouco a Ele...
E ainda não aprender princípios tão básicos por estarmos ocupados demais com secundarismos e elitismos e modismos e "nadismos"...
Enfim... A dor ensina muito mesmo...
Encontro-me embriagada de dor, gratidão e releituras.
Obrigada, meu Deus!!!
Muito obrigada, meu Deus: pelo amor que sinto, pela proteção imensurável não só a mim, mas aos meus, pelo aprender continuo, pela oportunidade de mudar pra melhor que ganho sempre na "queda de mais uma ficha"!!!
 
Cacilda Drumond

Francisco


27/07/13

Felizes somos nós por vivermos em um tempo em que já não interessa a ideologia e sobressai a carência ansiosa e gritante dentro de nós por pessoas "efetivamente" especiais!!! Isso é lindo de se ver!!! Papa Francisco aqui...

Outros em Nós...


25/07/13

Gente dá trabalho...
O outro, além de mim, requer esforço. Requer alguma dedicação, algum recurso, alguma doação; independentemente, daquilo que possa me oferecer. 
Antes de tudo, requer que eu me exponha, que eu esteja sujeita a um mundo que não é essência pura do meu nato narcisismo mundano...
Talvez por isso, tem quem opte por não ter outros em seu mundo, o que não é problema; é escolha! Outros em forma de parceiros ou de amigos ou de filhos ou de amigos dos amigos ou amigos dos filhos ou mesmo de um cachorrinho... Enfim, outro ser requer algo do meu ser; a opção traz em si esse fato!
Ahhhh... O outro, como escolha, pode ser coisa boa, que faz crescer, que me faz melhor, que preenche o dia, tempera a vida, perfuma a história que eu escolhi...

Mas, não nos percamos nas letras e nem distorçamos o foco: quero dizer que o outro, escolha de cada um, é agregado que aflora nossa capacidade de sair da toca da nossa alma, é oportunidade de nos conhecermos e reconhecermos e é sim, evidência de doação à vida que temos de presente... Logo, o outro, admitido em nosso mundo em qualquer circunstância, dá trabalho sim... Mas, nos faz mais nós mesmos...
Que bom que a vida possa ser recheada de "outros"...

- Cacilda Drumond -
(
#‎outrosemnósnumspaginaqualquerdedividindoavidaempalavras)

Amor Incondicional


16/07/13
Amor combina com a palavra incondicional... é quase redundante dizer que amor puro é sentimento incondicional...
Amor de verdade combina com crescimento pessoal... é fácil perceber que Deus coloca alguém na nossa estrada pra sairmos dali melhores, pra revisarmos conceitos tão arraigados, certezas tão insanas quanto profundas, pra que possamos experimentar o prazer de não ter nem mesmo uma pontinha de egoismo em nada...
É... amor puro combina demais com doação... Combina com ser pelo outro, estar por ele, existir pra ele e se aprimorar pela felicidade desse outro ser... e se ele te rouba quase todo o tempo, muito do seu sentimento, toda sua vida, nem tem problema... é amor puro que você sente e vale seguir.
Amor puro existe sim!!! 
Quando alguém chega e invade sua vida e você tem certeza que ela ficou muito, muito, muito melhor. E você segue convicto de que é muito mais legal caminhar juntinho do que ter um mundo só seu. E você aprende tanta coisa com o prazer de enxergar sob outra ótica, com o respeito de reler páginas para angariar novos valores...
Ah!!! O amor... o amor incondicional existe sim...

- Cacilda Drumond -

Pelo Mundo


30/06/13

Prefiro a fé imensurável à disciplina limitada que faz precisar propagar o que se crê...
Prefiro os destinos incertos à comodidade de estar em um só lugar... 
Prefiro a saudade irradiando dos meus póros, me movendo e me comovendo à comodidade do domínio de quem amo atrelado às minhas raízes... 
Prefiro o mundo ao medo,
Prefiro o fato à fala,
Prefiro o ato...

Prefiro existir!!!

- Cacilda Drumond - 

(
#‎pelomundoemumaoaginadedividindoavidaempalavras)

Capitã da Trupe


03/06/13
Hoje é dia de capitã...
Dia de quem fala com o olhar e que põe reparo em tudo. Reparo qualquer não... Reparo de alma... Reparo que enxerga além do olhar...
Hoje é dia de capitã...
Dia de quem acolhe com o coração e abraça com mil braços atemporais e adimensionais... Braços comuns não. Braços de quem aconchega, absorve e absolve, acalenta e acaricia...
Hoje é dia de capitã...
Capitã com patente de mulher forte, alma completa, presença marcante. Capitã de qualquer tropa não... Capitã de uma trupe de eleitos com originalidade e autêntica dedicação. Cada soldado no seu tempo, cada membro no sua farda, cada alma sem demarcação...
Parabéns, amiga capitã das areias de Dunas, das vias urbanas de Minas, das ideias bacanas e papos longínquos regados sempre de sorrisos e poesia, músicas e boa companhia.
Parabéns pela mulher especial, pela pessoa ímpar, pela autenticidade, elegância, soberania de alma.

Faço parte de sua legião de fãs.