quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Éder

Quando Deus traz pra um caminho, os membros necessários à um encontro, Ele é sublime, tem soberana paciência e não insiste com os mortais.
Muitas vezes, a gente se encontra, tromba, esbarra, bate de frente, passa perto de quem é pra ficar na vida da gente... E então, naquele momento, Deus manda a estrelinha do encontro de almas irmãs, mas, não necessariamente, nossa alma enxerga. Aí o Universo espera nossa maturidade e a gente tem de novo a oportunidade de enxergar alguém com a alma e reconhecer como irmão, como parte de nós, como alguém necessário e imprescindível na nossa história...
Pois é...
Feliz é quem tem irmãos de alma e pode reconhecê-los!!!
- Cacilda Drumond -

Ser e Estar

Depois de um tempo, você aprende que o fim da linha pode não ser o término. Que mudar de direção pode ser apenas um oportuno caminho novo como também uma forma de ver que todas as nossas amplas certezas podem passar por releituras.
Depois de algum tempo, você percebe que não há o eu sou, eu tenho, eu isso, eu aquilo... Tudo, simplesmente, está e está numa dimensão de tempo! Logo, esteja onde estiver hoje, assimile suas variáveis e se contente com o tempo presente! Afinal, você só "está qualquer coisa" e então apenas esteja no agora e esteja feliz.
Seja grato.
Pratique a gentileza, a disponibilidade, a doçura firme, a firme doçura, a palavra, o abraço, a alegria da simplicidade, a simplicidade da alegria...
Aceite, mais facilmente, a velocidade das coisas, a atitude das pessoas, o tempo de viver cada coisa.
Desfrute seu estar sem vaidade desnecessária e com o envolvimento suficiente...
O tempo pode fazer com que você esteja por mais ou menos tempo em dado lugar, com pessoas tais, num emprego assim, com a grana tal... Assim como esse mesmo tempo pode varrer suas dores ou suas delícias, sem pedir licença...
À soberania do tempo, dedique seu respeito e sua harmonia de ser admirador da simplicidade, grato pela simples alegria de um dia, convicto do valor da humildade...
Para que seu ser possa aprimorar o estar... E seguir!!!

- Cacilda Drumond -

Paciência

Algumas coisas parecem carregar em si mesmas a proteção de não poder serem ensinadas.
Não! 
Não podem ser explicadas, tão substancialmente, que se tornem verdade pro outro. Não ficam claras, exceto se forem sentidas!
Há o que se cabe contar, descrever, exemplificar... Mas, há o que não se traduz em palavras. Não adianta tentar!
Aprendo, no afã de idas e vindas "entanas" sobre o que não se ensina a ninguém. Aprendo até mesmo a criar meus adjetivos... Rio porque "entana" é palavra derivada, orgulhosamente, da fase "enta" que me absorve e não me deixará tão cedo, se Deus quiser... Rio de meus verbos, adjetivos e substantivos... Ora objetivos, ora subjetivos demais... Mas, que quase sempre explicam alguma coisa a alguém...
Algumas coisas, por mais óbvias que pareçam, só tem como propósito ensinar que o óbvio é óbvio pro agente, não mais... Ao óbvio cabe a pergunta: óbvio pra quem?
Enfim, olho alguém agredindo a si próprio, ao outro, aos outros em sua pluralidade, agredindo a vida que carrega e... Me calo, não mais...
Olho o rancor e corro pra não sentir, além de ver....
Vejo a vida se dividindo em um tempo perdido e me perco da intenção de pregar qualquer forma de amor...
Porque há sentimentos que não podem ser triturados pra filtrar... O filtro tá na alma. É fato!
E, se a se alma é do outro, devo me ater "entamente" a observar e me recolher...
Triste talvez...
Outrora, com um certo consolo de querer não perder nenhum um segundo com a falta de paz que o ataque traz... Que o rancor refaz... Que o julgamento perfaz...
Sigo, "entamente", aos poucos depois dos quarenta... Sentindo paz de crescer...
Entendendo que... Algumas coisas parecem carregar em si mesmas a proteção de não poder serem ensinadas...

- Cacilda Drumond - 

Tia Darcy

A chuva cai, deliciosamente, lavando as ruas e revigorando o verde que nos sobra. Traz algo de muito bom como o que refresca, renova e faz um bem, uma cara de frescor pro dia...
Penso nas pessoas de energia boa. Vejo que a natureza faz sua parte pra todos e, sem menor pretensão de julgamento, percebo que as escolhas são de cada um. Receber da natureza um dia novo e fazer o que puder dele, com a melhor energia acaba por ser escolha. Fácil ou difícil, um dia é pra ser vivido com o que houver de melhor em nós. Gentileza, tolerância, paciência, cordialidade, disposição, busca por sabedoria, amor de verdade que se estiver presente em tudo faz as situações serem mais naturalmente vivenciadas, digeridas e experimentadas.
Penso que as pessoas de energia boa trazem uma chuva pra suas vidas, de vez em quando, e se lavam do cotidiano pra prosseguirem firmes, pra recarregarem o que distribuem: energia em forma de discernimento, tolerância, bom senso, carisma, aconchego, acolhida, sensibilidade. E num conceito especial que aprendi recentemente, entendo muito melhor que as pessoas de boa energia são sensíveis sem se permitirem um sentimentalismo qualquer. Por isso, é possível ser muito firme, muito forte e, concomitantemente, muito doce. Doce em ser o que precisa ser, em fazer o que é necessário a si mesmo é ao outro.
Admito a doce fortaleza das pessoas de energia boa.
Elas fazem chover na nossa alma um pouco mais de doçura no momento preciso...

- Cacilda Drumond -

Seu Zeca

Descobri que quem mora na minha alma, brincou de ir embora mas não conseguiu morrer em mim.
Não!
Ficou lá grudadinho, com ar soberano de quem nunca se vai.
Engraçados esses donos da alma da gente.
Brincam de esconder com nossa memória, vêm protagonizar alguns sonhos e sonos e a gente acorda catando os pedacinhos daquelas sensações de tê-los assim pertinho... Deliciosa saudade de amor vivido!
Dono da minha alma brinca de amor comigo quando sinto sua voz sussurrando de novo um dialeto que me é tão familiar, tão querido, tão propício... Palavras que me ensinaram um dia alguma lição pra sempre.
Lição vinha falada ou vinha feitinha na minha minha frente em uma ação só pra me dar receita de fazer alguma coisa...
Descobri que quem mora na minha alma, brincou de ir embora mas não conseguiu morrer em mim.
Vai embora nunca mais de mim não...
Enraizadinho na minha alma, fica aqui perambulando na sacada do meu coração com cara de dono, de cuidador, de anjo...
As vezes, me faz sorrir sozinha pro nada.
Outras vezes, faz saudade correr no meu rosto em silêncio úmido.
Mas, e mesmo assim!!!
Quem mora na minha alma, brincou de ir embora mas não conseguiu morrer em mim.
Amei demais e assim, meu amor que é seu, vai permanecer aqui em mim! Sempre!

- Cacilda Drumond -

Tia Lia

Adjetivar mulher com a palavra forte parece redundante...
Adjetivar mãe com a palavra protetora pode ser repetitivo...
Adjetivar gente que a gente ama muito com a palavra especial soa repetição do óbvio.
Mas, tem mulher que forte demais e muito mais do que só por ser mulher.
Tem mãe humana que parece leoa naturalmente desbravadora de matas e espaços, lutadora nata por caminhos melhores. Sai todo dia de uma vida inteira por suas crias e traz comida pra mesa e muito mais que isso, alimento pra alma de cada um... E olha que cada cria requer alimentos distintos... Mas, ela se vira e dá conta porque é mãe comprometida com a história de cada pedaço seu.
E gente que a gente ama demais é especial não só por suas habilidades e talentos... Mais do que isso, fica especial porque nos faz aprender a amar mais, a ver além do olhar e sentir a proteção, o carinho, o cuidado e amor em uma atitude simples do cotidiano, uma palavra que ensina ou uma atitude que faz diferença.
Admiro as mulheres fortes demais, as mães protetoras demais e as pessoas que amo demais! Isso nem é redundância... Admiro quem marca a vida com sua diferença e segue ensinando o mundo que pra ele ser melhor, um caminho é ter essa gente que faz diferença.
Gosto dessa gente no meu mundo.
Um brinde à vida por isso!
Um obrigada a Deus por me deixar enxergar com a alma essa gente assim, tão redundantemente, especial!!!

- Cacilda Drumond - 

Carta ao tempo

Carta ao Tempo 

Senhor Tempo,
Nem ligo pra sua magnitude de tentar dominar meu mundinho... Bem que eu queria arregalar meus olhos nada discretos e te perguntar por que você não vai atormentar mais a vida de quem não ama tanta gente e me não me deixa mais em paz... Não ria de mim, Sua Majestade!!! Não me faça me sentir em desconforto maior com sua soberania de variável “tomadora-de-conta-da-minha-vida”...
Quando eu encontro alguém que eu amo muito e fico constrangida pela contagem que me fazem dos seus números ligados à minha ausência, eu bem que tenho vontade de te materializar pra você levar umas palmadas pela contradição... Mas, como você não é gente e eu nem posso te fazer algo palpável que sinta palmadas, eu me remeto à maturidade dos meus “alguns anos” e explico ao meus que você é só uma variável racional... tudo bem que você é um ladrão de emoções às vezes, mas, é preciso entender na alma pra contar a quem amo que:
- quando eu amo de verdade, tempo e geografia não significa nenhum comprometimento do meu amor;
- quando eu me comprometo com o amor e a delícia de amar alguém, eu tenho laço de alma e se me embaraço nas atividades cotidianas, normalmente, é porque eu também tenho situações racionais pra desembolar no meu mundinho;
- eu já acho normal minha relação com o Senhor Tempo... Verdade!!! Faz tempo que eu não luto com você... Graças a Deus, entendi lá pelas tantas que convivo com você, mas nem brigo mais... já acho quase normal;
- penso que te aproveito como posso e acho que o Senhor, Sua Majestade Senhor Tempo, deveria jurar a esse povo todo que eu amo que saudade é coisa até boa de se sentir porque é filha do amor que a gente sente... só existe porque a gente ama e por isso tem vontade de amar de novo...
Ah, Senhor Tempo!
Diga ao mundo que você não é nada diante da vida!!!
Diga ao mundo pra se relacionar melhor com o Senhor pra sentir paz...
Porque a gente já faz malabarismo pra fazer tanto na fração de cada coisa e não cabe sofrer porque não tem parcelas suas sobrando... Melhor mesmo é ficar esperto e aprender cada pedacinho seu pra tanta coisa e gente que a gente tem que cuidar no nosso mundinho... Cada qual com sua época de prioridade, cada qual com um pedacinho apropriado do Senhor, Senhor Tempo...
E, sempre que der, a gente brinca de estátua e te congela pra eternizar momentos bons que a vida dá de presente pra gente!!!
Quer saber de uma coisa, Senhor tempo?!? Nem te ligo!!! Porque minha alma tem sensações mais bacanas pra viver...
Mas, vamo lá, Senhor Tempo... Conte ao mundo que você é só um detalhe!!! Redima-se e recolha-se a sua insignificância!!!
Com amor e algum respeito,
Uma ex-escrava e hoje natural-usuária do Senhor, Senhor Tempo!!!

= Cacilda Drumond = 

Ávida Vida

A vida pede passagem...
O trânsito pede paciência.
O sono pede resistência.
O trabalho pede energia.
As pessoas pedem carinho no agir, tato no tratar, paciência no sublimar,
humanidade no aceitar...
A vida pede passagem...
As relações pedem tolerância.
O cotidiano requer resiliência.
As músicas imploram por dignas letras.
A sonoridade pede harmonia.
Crianças pedem valores.
Talento requer reconhecimento.
Abuso requer limites.
A vida pede passagem.
O aprender contínuo pede memória curta para dores e memória profunda para delícias.
A vida pede a absorção dos recados.
A vida pede passagem.
Passagem pela nossa história...
A vida pede um pouco mais de doçura, sorrisos, ombros e ouvidos.
E a vida pede passagem sem prometer ser fácil demais ou insossa...
A vida pede passagem marcante, doce e ávida...

Que a vida seja ávida!!!

- Cacilda Drumond -

Estelita

Tem gente que ensina a viver só existindo. Sem precisar dar lição, é lição...
Tem gente que brilha em dia nublado ou em dia de sol porque tem luz própria...
Tem gente que é colo e que carrega um mundo de palavras boas cheinhas de carinho pra fazer a gente sorrir de bobeira, ficar feliz por estar ali recebendo abraço de alma...
Tem gente que vem pra vida da gente pra colorir...
E colore com tinta de tatuagem sem sair nunca mais ...
Adoro gente assim!!!

- Cacilda Drumond - 

Falhas

A gente comete gafes, falhas, desvios, vacilos...
A gente erra datas, troca nomes, esquece compromissos, perde a hora...
Ahhhh...a gente deveria não perder o trem, mas a gente perde a estribeira, a paciência, a noção, a gente se perde às vezes...
E nem é bom isso... Ainda agora com as dores e delicias da tecnologia é mais difícil ainda... O mundo nos cobra mais e nós mesmos somos mais radicais com o tal do senhor tempo!!!
Mas, pedir desculpas não vai sair de moda nunca!!! Voltar atrás nem quer dizer andar pra atrás... E palavra boa é palavra dita na hora certa! Ops... E se passou a hora certa que façamos certa a próxima hora sem vergonha de reconhecer um vacilo, uma indelicadeza, uma gafe...
E a vida segue... Como deve ser!!!

- Cacilda Drumond -

Coração celebrando

Coração não faz festa à toa... Coração faz festa pra celebrar e por agradecer quem vive nele... Coração pulsa mais forte por gente que faz diferença, gente que é barulhinho bom, que marca território e é dono de espaço por merecimento, atitude, palavra, ombro, carinho... 
Coração celebra amigo antigo, celebra amigo novo, celebra amigo que faz presença atemporal porque presença em coração independe de tempo ou de geografia... Depende mesmo é da ligação que foi frita em algum momento e ficou!!! Coração não é terra de ninguém, coração é terra de gente que nele soube entrar e ficar!

(Cacilda Drumond)

Aprendemos juntos

Um pouco da luz do sol.
Gente que sorri junto com a gente.
Energia que constrói, não questiona e se deixa ir no fluxo natural das coisas, sem interromper.
Tempo suficiente pra não fazer nada juntos, apenas sentir o tempo passar. Tempo que passa com o vento na pele, com o barulho de gargalhadas, com o calor do sol e da energia de palavras boas, com o mundo mudando de cenário em manhã, tarde e noite com gente bacana sendo protagonistas no palco da vida da gente...
...
Aprendemos juntos que há liberdade pra escolher qual energia você vai absorver...
Aprendemos juntos que é possível estar com quem agrega energia boa à vida, sem "vampirizar" momentos, pessoas ou sentimentos...
Aprendemos juntos que podemos não estar onde não haja paz porque é mais fácil prosseguir sem vestígios de intolerância, impaciência, ironia, i-qualquer coisa que não acrescente amor à nossa bagagem.
E podemos então, encher nossa mochila emocional de energia boa, de palavras que agregam, de beijos e abraços verdadeiros, de visões abertas ao amanhã, ao novo dia e à paz constante. De mochila cheia, fica mais fácil suprir o cotidiano e dar conta dos nossos recados... Vejo e sinto Deus nessas horas de forma tão profunda...
Logo:
Que o vento nos traga pessoas boas,
Que a vida nos dê sabedoria pra estarmos com elas e sairmos das que optam por não ter paz na alma...
Que sejamos focados no "ser" e deixemos com outros o pseudo-viver do "ter"...
Que possamos nos reconhecer.
Que a vida siga na boa energia de quem ama viver!!!

- Cacilda Drumond -

Euler

Considero uma dádiva poder gostar muito de alguém. Assim, fica mais leve sentir saudade, fica prazerosa a ansiedade de rever, fica implícito o comprometimento com a felicidade do outro...
Bom ter compromisso com o amar o outro. 
Quando esse amor ainda corre nas veias e está desenhado no nosso DNA, melhor ainda!
Tem amor que é grande mesmo, sobressai...
Porque amar quem é igualzinho a gente talvez seja menos mágico... Ou mais fácil ... Admiração com
Narcisismo é mais provável...
Bacana mesmo é se pegar sorrindo pra tudo aquilo que você não faria, pra uma coragem que você não teria, pra valores que não são os seus... E mesmo assim você admira, ama, sorri, confia, curte, compartilha...
Queridíssimo, faz 40 anos que, todos dias, eu conto com você... pra brincar de pegador, pra ir pra balada, pra pagar meu hi-fi, pra me falar coisas que eu preciso ouvir, pra me dar bronca quando sou mole demais, pra me salvar num monte de situações, pra me presentear com um afilhado delicioso, pra me ensinar e pra dividir comigo a vida.
Amo pensar e sentir que nossa história não tem nada de social porque, mesmo tão diferentes em tantas coisas, a gente aprendeu a amar com respeito.
Obrigada por tudo de bom que você representa pra mim!
Feliz aniversario!
Parabéns!!!

- Cacilda Drumond -

Laços e Nós em Nós

A gente tem encontros mágicos ou cármicos ou fatídicos ou definitivos ou especiais ou escritos ou fatais ou espirituais ou ... Sei lá qual adjetivo cabe... Sei que a gente tem! E pronto!!!
Nestes encontros, cada um tem seu papel: provedor, mantenedor, protagonista, figurante, seja qual for...
E haja química, história, tempo, palavras, assuntos, carinho, prazer de existir!!! Haja vida pra viver laços...
Só quero mesmo que laços não sejam denominados e que, decodidificados, sejam apenas o que se propuseram ser: encontro.
Porque tinha de ser, havia de ser, haverá de ser...
Porque laços são privilégios e direito de duvida não tem quem os laços pode reconhecer...
Adoro laços!!!
Mesmo os que se fingem de nós.
Porque nós, mesmo transvestidos de nós, podemos sempre ser novamente laços!!!

- Cacilda Drumond -

Tempo

O tempo é variável significante, forte no contexto de amparar caminhadas...
Mas, o tempo é frágil demais diante do amor verdadeiro, da amizade carinhosa que permeia as relações; pequeno demais diante da amplitude de algum sentimento bem vivido.
E assim, não cabem clichês de que passamos a ter pouco tempo, de que sumimos de uma relação sucumbidos pelo contexto profissional ou pela distância geográfica... Que valor têm esses clichês diante das memórias deliciosas que estão no coração da gente?!? O tempo, senhor dos números é frágil perante o barulho das risadas compartilhadas, das peraltices ingênuas de uma era qualquer, das músicas ouvidas num uníssono compartilhar de segredos na madrugada jovem de quem nem queria dormir e de tantas e tantas histórias...
Ao "senhor tempo", meu respeito! Mas, acompanhado da minha convicção de que jamais varrerá emoções de nossas histórias. Elas são concretas, especiais e pertinentes a uma vida inteira!!!
E, por isso, minha velha máxima de que a saudade pode sim, ser sentimento muito bom... Saudade de coisa bem vivida é saudade gostosa com sabor de etapa cumprida!!!
Tem sabor de ontem reticenciado por um sempre, já que emoção em lembrança também é emoção sim... E pronto!!!

- Cacilda Drumond -

Escolhas

Quando a gente faz vestibular, ainda não tem maturidade pra escolha. Sequer conhecemos, de fato, nossos maiores talentos ou o que preenche melhor nossa vida... E a gente acaba se encontrando na escolha e a vida segue...
Quando a gente escolhe caminho, sequer tem a noção do que vem à frente. Pode ser muito bom, pode frustrar, pode doer, pode alegrar... Sejam projetos profissionais, pessoais, os mais nossos ou os mais mundanos. E a gente segue e reconstrói certezas, relê e reescreve convicções e a vida segue...
Quando a gente toma decisões de juntar a vida da gente à vida de outra pessoa, aí sim é que a gente é coragem pura!!! Imaginar bagagens diferentes de duas pessoas com distintos dados: gênero, preferências, manias, hábitos de meia vida (ou mais), dores e delícias de duas histórias. E, por mais que o amor possibilite, que a resiliência auxilie, que sonhos se convertam... ah!!! ainda assim, deve ser conferida menção honrosa por nossa coragem.

É forte a presença de Deus nesses passos... Se não fosse assim, nem seria possível fazer nobre nosso ato de coragem em encontros tão especiais quanto desengonçados ou improváveis !

Cabe agradecer a Deus também por isso...
Por permitir coragem pra gente não querer andar sozinho, por viabilizar com amor nossa escolha por esse caminho...

Cabe sempre a gratidão à Deus, por ajudar a marcar nosso "x" com uma coragem que valeu e vale a pena, sempre! Uma coragem que nos faz permanecer aqui por outros e em outros...

Bom viver escolhas!

- Cacilda Drumond - 

O antigo

Gosto dos relógios antigos e se precisar de porquê, digo que seus badalos falam comigo... 
Gosto das peças antigas porque carregam muita história em detrimento de alguma tecnologia e se precisar de porquê digo que as mãos que as fizeram estão impressas ali... Impressas nas peças...
Gosto dos antigos... Os seres que trazem mais história me transferem uma certa soberania... A soberana sabedoria sobrepõe a energia de quem tudo pensa poder querer...
Ahhhh... Os antigos se serenam no aprender e saem serelepes no saber... E nem ligam se alguém acha que deveriam correr. Ou, as vezes, ligam... E tem quem ache que possa lhes imprimir velocidade e tem quem, sem olhar pro seu mundo curtinho, ouse querer lhes repaginar a alma?!?
Ahhhh...
Agora?!?
Doce ilusão, diz em silencio, o coração dos antigos...
E sorriem um sorriso de compaixão tentando amortecer a verdade que flui dos olhos serenos que o tempo viu e se deixou ver: ninguém repagina a alma de ninguém, em nenhum tempo... A gente até tem variados formatos... Ajeita aqui e ajusta ali, mas alma não se repagina não, meu jovem...
Alma é coisa que vem pra ficar...
Gosto dos antigos...
E do que eles falam comigo...
Dos relógios, das peças e dos antigos seres que nos tornamos a cada dia, diante dos que chegam...
Sei que quanto mais jovem um jovem ame o antigo, mais serenidade poderá buscar... Mais paz, mais fé, mais essência, mais Deus, mais vida vivenciada e não só percorrida...
Gosto muito dos antigos!!!

- Cacilda Drumond - 

Coração Terra Fértil

Coração da gente é terra fértil que se renova facilmente pra fazer florescer novas emoções... 
E a safra é tão farta quanto pudermos permitir que nele possa germinar... 
Como a pele que se refaz depois de um corte somado ao tempo, a natureza repõe, continuamente, nossa capacidade de amar. Deliciosa reposição. Sábia natureza...
Cansados da rotina, embevecidos pelo correr dos relógios ou absorvidos pelo cotidiano, ainda nos deparamos com o amor de roupa nova... Roupagem de filho crescendo, de pais virando filhos, de tios cuidadosos podendo ser cuidados, de afilhados saindo pelo mundo, de irmãos sendo pais, de primos indo e vindo, de nós mesmos como parceiros renovando votos, de amigos trazendo famílias pra família da gente...
E, entre dores e delícias, sempre há o amor de roupa nova...
E o coração se renova, como terra fértil que é, pra receber amores novos, ora repaginados, ora em novos agentes...
Bom demais mesmo é sentir essa coisa deliciosa no fundo do coração da gente!
E seguir, dando conta da vida, como ela é, lembrando que ela tem possibilidades de amores novos pra sentir a todo momento... Sobretudo, sem precisar fugir da vida da gente!!!


- Cacilda Drumond - 

Mara

05/08/13

O tempo é variável significante, forte no contexto de amparar caminhadas...
Mas, o tempo é frágil demais diante do amor verdadeiro, da amizade carinhosa que permeia as relações; pequeno demais diante da amplitude de algum sentimento bem vivido.
E assim, não cabem clichês de que passamos a ter pouco tempo, de que sumimos de uma relação sucumbidos pelo contexto profissional ou pela distância geográfica... Que valor têm esses clichês diante das memórias deliciosas que estão no coração da gente?!? O tempo, senhor dos números é frágil perante o barulho das risadas compartilhadas, das peraltices ingênuas de uma era qualquer, das músicas ouvidas num uníssono compartilhar de segredos na madrugada jovem de quem nem queria dormir e de tantas e tantas histórias...
Ao "senhor tempo", meu respeito! Mas, acompanhado da minha convicção de que jamais varrerá emoções de nossas histórias. Elas são concretas, especiais e pertinentes a uma vida inteira!!!
E, por isso, minha velha máxima de que a saudade pode sim, ser sentimento muito bom... Saudade de coisa bem vivida é saudade gostosa com sabor de etapa cumprida!!!
Tem sabor de ontem reticenciado por um sempre, já que emoção em lembrança também é emoção sim... E pronto!!!

- Cacilda Drumond -

05/08/2013

As vezes, um coração não precisa da prontidão de um sim, mas tão somente de um ombro que possa acalentar uma dúvida, reticenciar alguns poréns ou apenas aconchegar certezas...

As vezes, a solidão mesmo perto de tanta gente só traduz a vontade de que alguém fale sua língua, naquele momento...

Na verdade, a gente tem lá no fundinho da alma muitas convicções e desejos mais que concretos, defini
tivamente prontos pra gente voar e viver...
O que muda esse percurso de ideais e ideias é, simplesmente, a disponibilidade de ceder. E cedemos um sonho por outro, um ideal por um devaneio, uma certeza pelo questionamento de alguém... Quando se quer doar e dispor pelo outro, não há, necessariamente, perda ou desconstrução... Mas, há a dor de perder um pouco da essência, de sorrir com um pouco menos de graça e de seguir como um ser um pouco menos energizado...
E, quase matematicamente, doa mais seus ideais, sonhos, membros e ideias aqueles que tem maior capacidade de doar... E, ao doar, partem pra uma certa solidão de ser...
Quem veio ao mundo sem o poder de dispor ou o saber de servir, vive no seu mundo intacto de sonhos não mudados, de convicções nunca revistas, de certezas consolidadas. E os sonhos empoeirados, menores ou não, melhores ou apenas sãos, seguem roubando um pouco da energia do sonho de quem doa... Doa vida, doa tempo, doa paciência, doa energia... Mas pode seguir!!!

- Cacilda Drumond - 
06/08/13

O tempo é variável significante, forte no contexto de amparar caminhadas...
Mas, o tempo é frágil demais diante do amor verdadeiro, da amizade carinhosa que permeia as relações; pequeno demais diante da amplitude de algum sentimento bem vivido.
E assim, não cabem clichês de que passamos a ter pouco tempo, de que sumimos de uma relação sucumbidos pelo contexto profissional ou pela distância geográfica... Que valor têm esses clichês diante das memórias deliciosas que estão no coração da gente?!? O tempo, senhor dos números é frágil perante o barulho das risadas compartilhadas, das peraltices ingênuas de uma era qualquer, das músicas ouvidas num uníssono compartilhar de segredos na madrugada jovem de quem nem queria dormir e de tantas e tantas histórias...
Ao "senhor tempo", meu respeito! Mas, acompanhado da minha convicção de que jamais varrerá emoções de nossas histórias. Elas são concretas, especiais e pertinentes a uma vida inteira!!!
E, por isso, minha velha máxima de que a saudade pode sim, ser sentimento muito bom... Saudade de coisa bem vivida é saudade gostosa com sabor de etapa cumprida!!!
Tem sabor de ontem reticenciado por um sempre, já que emoção em lembrança também é emoção sim... E pronto!!!

- Cacilda Drumond -

Luisa

02/08/13

As vezes, um coração não precisa da prontidão de um sim, mas tão somente de um ombro que possa acalentar uma dúvida, reticenciar alguns poréns ou apenas aconchegar certezas...

As vezes, a solidão mesmo perto de tanta gente só traduz a vontade de que alguém fale sua língua, naquele momento...

Na verdade, a gente tem lá no fundinho da alma muitas convicções e desejos mais que concretos, defini
tivamente prontos pra gente voar e viver...
O que muda esse percurso de ideais e ideias é, simplesmente, a disponibilidade de ceder. E cedemos um sonho por outro, um ideal por um devaneio, uma certeza pelo questionamento de alguém... Quando se quer doar e dispor pelo outro, não há, necessariamente, perda ou desconstrução... Mas, há a dor de perder um pouco da essência, de sorrir com um pouco menos de graça e de seguir como um ser um pouco menos energizado...
E, quase matematicamente, doa mais seus ideais, sonhos, membros e ideias aqueles que tem maior capacidade de doar... E, ao doar, partem pra uma certa solidão de ser...
Quem veio ao mundo sem o poder de dispor ou o saber de servir, vive no seu mundo intacto de sonhos não mudados, de convicções nunca revistas, de certezas consolidadas. E os sonhos empoeirados, menores ou não, melhores ou apenas sãos, seguem roubando um pouco da energia do sonho de quem doa... Doa vida, doa tempo, doa paciência, doa energia... Mas pode seguir!!!

- Cacilda Drumond - 

Átomo

07/02/13

De vez em quando, muiiiiiito de vez em quando é importante a gente se sentir um átomo... ou como dizíamos na juventude "uma pulga de pernas quebradas"... Isso é voltar à verdadeira origem e perceber que não somos donos de nada, tão pouco controladores da vida que ganhamos de presente... Também auto-citando uma frase que eu adoro porque é nela que estou pensando, vale dizer: "crescer dói"... No meio de tudo, gratidão à Deus!!! É o principal!!!

- Cacilda Drumond -

Celebrar gente

14/03/13

Muita gente cruza nosso caminho...
Com concordância, em sintonia, com divergências e até desarmonia. E a gente segue... Alguns passam a nos fazer companhia. Outros, nem chegam a integrar um só dia de nossa história... Há algum tempo, como observadora deste contexto, eu diria que cada um escolhe ou transeuntes da sua própria vida...
A maturidade que chega me traz um olhar mais mágico... (ahhh que boa sensação)...
E assim, os anos que passam parecem me ensinar a olhar bem fundo no coração das pessoas... a aprender a escutar a alma, a ler os olhos, a traduzir sorrisos...
Não!!! Não faço escolhas... Celebro pessoas, quando as vivencio...
E agradeço a Deus, profundamente, por me permitir tantas pessoas tão especiais. Aprendo com elas, no silêncio tão intensamente quanto em cada palavra, gesto, expressão...
Quanta gente especial passa e fica no meu coração...

= Cacilda Drumond =

Pessoas no caminho

21/03/13

Dizem por aí que tudo está determinado... que a história já está escrita e que o que tem de ser será... Numa boa discussão, outros dirão que cada um escreve seus dias e seus passos, numa folha branquinha...
Não compartilho integralmente de nenhuma das duas opiniões... Ou, ambiguamente, compartilho de ambas, com restrições... Considero nossas colheitas como fruto do esforço, tanto em termos de dedicação quanto, simplesmente, dos valores que construímos. É fato que haja uma equação associada ao saber e ao querer construir caminhos, com suas dores e delícias.
Por outro lado, nada mais mágico que viver... Não podem ser negadas aquelas surpresas especiais que a vida nos proporciona e que, muitas vezes, vêm materializadas em "pessoas-mais-que-especiais": um olhar novo, uma releitura de um valor arraigado à nossa vida ou simplesmente o prazer imenso de uma boa conversa-troca-de-aprendizados em um momento feliz...
E o presente pode ser em um projeto profissional, em casa, numa família e suas raízes, na trajetória amorosa; enfim, onde quer que a gente esteja, podem aparecer mensageiros especiais pra uma vida inteira. E aí, ou por uma afinidade extrema e inexplicável ou por uma admiração imensurável pelas diferenças, as pessoas tomam seus postos nas nossas vidas... Isso é muito mágico e, inegavelmente, irracional porque a escolha não está associada à presença especial, talvez tão somente ao olhar que temos nestes momentos...
Se fosse pra prescrever receitas, eu diria que vale a pena ter os olhos abertos para enxergar pessoas especias. Pra isso, é preciso desvestir nossa alma do julgamento e olhar com o coração...
Se fosse pra evidenciar o que penso, eu, sem qualquer pretensão, diria que me sinto a mais privilegiada das pessoas, porque, por muitas vezes, sinto e vivencio algumas pessoas tão especiais quanto inexplicavelmente presentes na minha história...
Agradeço a Deus por isso, sempre...
E a vida é feita por eles, né? Por quem nos rodeia e vem pro nosso caminho, em seus desenhos e em nossas escolhas...
(Cacilda Drumond)

Amélia Estrela

23/03/13

E uma estrela se materializou em forma de mulher.

E foi estrela porque brilhou com luz própria, estratificando sabedoria profunda de um brilho natural e incomum, com energia imensurável. Se energia é pra possibilitar feitos, houve, mais que isso, energia suficiente pra ser dissipada, sabiamente. Combinando energia disponível com um coração de quem sabe doar, uma história foi feita para quem estivesse ao redor: pessoas lhes eram caras, filhos lhes eram sagrados, família foi o sentido de existir...
Estrela que fez seu legado com brilho. Sabedoria crescente pra ensinar e servir.

E se a vida ensina em cada ato, havia mais do que a lição, a possibilidade de justificar e compreender e aceitar os fatos. E a estrela se desvestiu muitas vezes de julgamentos e valores pra acolher aprendizes porque enxergava amplamente. E se não houve livros, ficou compreendido que sabedoria tem muito maior amplitude que conhecimento porque o importante era saber ser luz. Luz, por si só, foi para quem te rodeasse porque não se guarda a luz, quando a alma permite, incansavelmente, ensinar. Ensinar pelas palavras que direcionam, orientar através do calor de um colo que acolhe, proteger pelo simples fatos de existir pra quem se ama.

E uma estrela dignificou a sabedoria consolidada em forma de mulher guerreira, transformadora, imponentemente presente.

Quando os temperos se misturavam com o brilho, os aromas e sabores eram cheios de amor e de história construída na lida, de dedicação pra fazer o necessário, entretanto, oferecendo o melhor. Se não havia dispensáveis receitas, o amor também se materializou na mulher que convertia os tachos à alquimia, num papel de estrela maior. Porque transformar misturas trazia o prazer de servir, a alegria de agradar, a missão de fazer diferença e brilhar...

Porque ela era estrela em forma de mulher e estrela foi pra brilhar.

E era polilingue porque a sabedoria maior está em falar bem a língua de quem nos ouve e fazer com que se concretize na necessidade do outro, a importância de haver alguém necessário ali, por perto. E o brilho da estrela vinha com as palavras que eram pra ser ouvidas, com o recado que devia ser degustado, pra vida fluir melhor... e se o entendimento não fosse temporalmente compatível, era possível perceber que estrelas maiores são dotadas de paciência e, sobretudo resiliência...

Porque ela foi estrela, resilientemente, brilhante que dissipou sabedoria.

Quando o entorno julgava fatos e discutia pessoas, racionalmente, num cotidiano comum a olhos nus, havia sempre soberania de estrela naquela mulher. E ela julgava sim e analisava com afinco e gerenciava o cenário. Roubar a cena era fazer a diferença e guiar a tropa porque era necessidade iminente... Mas, na estrela, havia cumplicidade e um senso de justiça incomum que remexeria a história de inúmeros acadêmicos de direito. E era possível ver uma argumentação bem ponderada arrebatar personalidades fortes ou fazer brilhar os olhos de corações sensíveis, na sutileza de palavras ditas para tal.

E foi uma estrela em muitas vidas que seguem trilhando caminhos e brilhando por reflexo da estrela maior... Constelação deixada com cara de missão cumprida porque a estrela não se foi, só mudou de cenário...

Como estrela, também dignificou conceitos de dicionário... Se o termo madrinha tem derivação, por extensão de sentido, em “mulher que ajuda ou protege uma pessoa, especialmente no sentido de introduzi-la em certos meios”, a estrela não foi avó, foi dindinha... Porque dindinha brilha com a alma e se converte de forma, atemporal, ao amor por quem chega pra se “achegar” no brilho e calor de estrela...

E a estrela foi dindinha-estrela, conduzindo e protegendo, por muito amor.

Por tudo isso, uma estrela se materializou em forma de mulher. E houve então uma estrela mulher, Amélia-estrela, estrela-Amélia em forma de mamãe Amélia, de tia Amélia, incomparavelmente, Dindinha Amélia... Que dignificou uma existência e abrilhantou tantas outras que hoje seguem sob sua luz.

Porque luz de Amélia é luz que fica!!!

- Cacilda Drumond -
30/03/13

Quando penso nos problemas do mundo, me deparo em grande parte das raízes, com os relacionamentos...
Será que nossa inquietude está voltada à falta de ternura? Ternura pra "tolerar" o que não vem de nós mesmos, o que é diferente do que somos, o que não vem direcionado apenas à nossa própria vaidade? Tolerar no sentido de aceitar com ternura e não no sentido de suportar... 
Será que podemos exercitar sempre o ato de sentir e resgatar a ternura que nos traz um projeto de vida motivador, uma paixão nova, um estímulo profissional esperado, o nascimento de um filho, um amigo que retorna à nossa vida??? Sim, chamo de ternura aquele misto de resiliência e amor que praticamos, quando estamos motivados e que pequenas coisas nem parecem tão ruins... Chamo de ternura nossa capacidade de amortecer o que nosso egoísmo intolerante quer chamar de problema...
Não há regras ou receitas de viver... Mas, é fato que mereça aprender algo por aqui... Que seja normal ter releituras, repensar certezas e seguir mais terno... Com o mundo, com o outro, com a gente mesmo...
Porque viver é degustar o tempo com a sabedoria de sentir seu sabor sem que ele passe apenas nos dias de um calendário... Porque degustar o tempo é ter sabedoria em todo momento (certos de que cada momento é único), pra que nossa vida seja uma boa história na vida de quem quer que seja...
Que a vida lhe seja uma boa história e que a ternura esteja presente, onde se fizer necessária...

- Cacilda Drumond -
02/04/13

Um pouco mais de tempo nos salvaria de nós mesmos... 
Um pouco mais de nós mesmos, em sintonizada fidelidade, nos salvaria de um tempo louco? 
Possivelmente...
Um pouco mais de palavras em doces crônicas nos salvaria de questionáveis horas à frente de uma Tv insossa???
Um pouco mais de presença nos permitiria nos mantermos "Off" e felizes, até mesmo com sentidos disponíveis - audição, tato e visão livres???
Inacreditavelmente, sim...
Um pouco mais de tolerância e gentileza faria o trânsito menos caótico?
Talvez teríamos transeuntes menos nocivos, dias de fúria menos trágicos e mais cômicos, trajetos mais leves de transpor...
Afinal, temos radio, cd, DVD, i-tudo, mas nos faltam meios de comunicação básicos... Sorrir é incomum, bom dia só por e-mail, obrigada virou quanto devo?
Ahhh...
Um pouco mais de tempo nos salvaria de nós mesmos???
Um pouco mais de nós mesmos nos faria melhores pessoas... e poderíamos cuidar melhor de quem a gente ama, com amor disponível pra honrar aquelas listas grandes que mantemos como outdoor pessoal de popularidade? Talvez nossos conhecidos merecessem um oi diário, nossos amigos mereceriam um "como vai voce?" e nossos melhores amigos teriam notícias nossas num boletim diário... Afinal, nossos antepassados devem se revirar em seus túmulos numa louca inveja já que sentiam saudades por anos a fio em outras épocas ...
Ahhh se eles soubessem o quão incompetentes nos tornamos com nossas relações hightech... Iam se revirar de vergonha...
Respeito a tecnologia que dá direito ao outro pertinho da gente: voz, dados, imagem de alta resolução... Respeito sim...
Questiono a dimensão que as relações tomam nesse novo tempo... Questiono sim...
Mas, ainda creio que um pouco de tempo nos salvará de nós mesmos... Para nós mesmos... E nossa fidelidade pra mantermos boas sintonias nos salvará desse tempo louco...
- Cacilda Drumond -
11/04/13

m pouco mais de tempo nos salvaria de nós mesmos... 
Um pouco mais de nós mesmos, em sintonizada fidelidade, nos salvaria de um tempo louco? 
Possivelmente...
Um pouco mais de palavras em doces crônicas nos salvaria de questionáveis horas à frente de uma Tv insossa???
Um pouco mais de presença nos permitiria nos mantermos "Off" e felizes, até mesmo com sentidos disponíveis - audição, tato e visão livres???
Inacreditavelmente, sim...
Um pouco mais de tolerância e gentileza faria o trânsito menos caótico?
Talvez teríamos transeuntes menos nocivos, dias de fúria menos trágicos e mais cômicos, trajetos mais leves de transpor...
Afinal, temos radio, cd, DVD, i-tudo, mas nos faltam meios de comunicação básicos... Sorrir é incomum, bom dia só por e-mail, obrigada virou quanto devo?
Ahhh...
Um pouco mais de tempo nos salvaria de nós mesmos???
Um pouco mais de nós mesmos nos faria melhores pessoas... e poderíamos cuidar melhor de quem a gente ama, com amor disponível pra honrar aquelas listas grandes que mantemos como outdoor pessoal de popularidade? Talvez nossos conhecidos merecessem um oi diário, nossos amigos mereceriam um "como vai voce?" e nossos melhores amigos teriam notícias nossas num boletim diário... Afinal, nossos antepassados devem se revirar em seus túmulos numa louca inveja já que sentiam saudades por anos a fio em outras épocas ...
Ahhh se eles soubessem o quão incompetentes nos tornamos com nossas relações hightech... Iam se revirar de vergonha...
Respeito a tecnologia que dá direito ao outro pertinho da gente: voz, dados, imagem de alta resolução... Respeito sim...
Questiono a dimensão que as relações tomam nesse novo tempo... Questiono sim...
Mas, ainda creio que um pouco de tempo nos salvará de nós mesmos... Para nós mesmos... E nossa fidelidade pra mantermos boas sintonias nos salvará desse tempo louco...
- Cacilda Drumond -
13/04/13

As pequenas coisas tem valor absoluto inversamente proporcional ao seu tamanho ... Pequenas coisas podem ter valor imensurável:
... Chegar bem ao destino que se propõe;
... Rever as pessoas de quem se tem saudade;
... Dar uma gargalhada ou ter um acesso de riso incontido que prende a fala;
... Ouvir bom dia de uma desconhecida na sua livraria preferida e sorrir pra sua deusa da gentileza que mora sobrevivente em seu interior;
... Re-descobrir pessoas que têm laços com sua história, a cada dia, e ter discernimento pra recebê-las no tapete vermelho do seu coração:
... Tomar um café fresco na companhia de alguém que te faz bem;
... Aprender o significado de uma palavra nova na sua língua pátria mesmo;
... Encontrar um professor do colegial, ele se lembrar de você e ainda ter a oportunidade de dizer que ele foi importante pra você;
... Preparar o prato preferido pra alguém que você ama;
... Poder ouvir uma música e sorrir largamente sem controlar o nostálgico impulso muscular;
... Receber de presente de uma mae (na fase mais leoninamente deliciosa) o prazer de poder dar banho em um bebê;
... Sentir frio na espinha ou borboletas no estômago só por lembrar de alguma situação;
... Poder ler, falar, escrever e dividir sempre!!!

Ahhhhhh... Pequenas coisas são gigantescos tijolos na construção de uma história.

Que a vida seja recheada de pequenas coisas sempre!!!

Que sua alma seja recheada de amor e muita ternura pra que seus olhos enxerguem o valor "absoluto" das pequenas coisas!!!

- Cacilda Drumond -
15/04/13

Talvez eu ande descuidada com os registros. Talvez meu tempo maior esteja sendo usado com a alma pra viver mais tempo o momento e menos com minha velha mania de fotografar...

É preciso te contar que minha alma tem muitas fotos da sua. 

Meu coracao tem fotografias fiéis da sua alma como ela é: ampla e disponível, forte e decisiva. 

Fotos que, plagiando a moça baiana nas areias pernambucanas, só pude registrar com a alma.

Obrigada, "amiga de verdade", por ser dona de tantos feitos na minha alma... Por ser dona de uma alma de tantos feitos...

Vocé pode, sem rodeios, se intitular "amizade"!!!

Obrigada, amizade!!!

Cacilda Drumond
05/05/13

Os tempos aprimoram a comunicação e somos seres aparentemente mais acessíveis...
A comunicação aprimorada, entretanto, não nos permite sermos seres melhores porque, talvez como moeda de troca, entregamos nosso tempo e nos falta paz pra amar melhor.
Amar nossos amigos, integralmente, como deve ser.
Amar e desfrutar o amor de quem rodeia: conversar de pertinho, trocar cheiros, amores, beijos, afeto e cada delícia de sentir, sem perder um segundo... Filhos, amigos, pais, primos, gente com nosso sangue ou sem nosso sangue, mas com nossa alma...
E nossa vida segue, entre as dores e as delícias escravizadas por um tempo que escorrega, friamente, por nossas mãos.
E, de repente, falta o agente a quem dedicaríamos o tempo, o amor, a amizade, a palavra, o colo, o prazer de sorrir só porque o outro existe no nosso caminho. E isso é tanto!
E, de repente, falta o cenário que nos faria ver que valeu a pena, que foi saldo bom, que houve dia de gargalhada, dia de filosofia ou dia de ficar em silêncio, só ouvindo a vida passar.
E, de repente, deliciosamente, não julgamos nada nem damos adereços aos fatos, nem endereços aos dias de não porque os dias de sim nos fizeram tão bem.
E a gente nem pode sentir a delícia de estar desvestidos de julgamentos porque o tempo levou o cenário e só ficou o que tinha que ficar: o prazer que se sentiu, a voz que se ouviu, o abraço, um olhar, um afeto... E tudo que ficou, ficou bonito sim, porque está desvestido de julgamento e não julgar é ato soberano...
Porque ninguém no mundo tem rótulo pro certo e pro errado, pro sagrado ou pro profano, pro perfeito ou pro insano...
Porque, soberano mesmo é amar sem revestir, soberano é desvestir os olhos pro coração vivenciar quem você mereceu ter no seu caminho.
Obrigada, querido amigo-estrela, porque cruzou nosso caminho e porque pude te enxergar de forma desvestida. Enxerguei dignidade, autenticidade e uma perspicácia que, possivelmente, jamais poderei ver tão sem medida em outra pessoa.
Obrigada pelas palavras que me fizeram conhecer um pouco do mar, pela Bahia relatada em causos, pelo feijão feito de madrugada na mais perfeita humildade e discrição.
Elegância na simplicidade é soberania de poucos!!!
Obrigada, família querida, pelo afeto, presença, cumplicidade e amor latente.
A cada um, meu amor, respeito e meu abraço com muita saudade.

Cacilda Drumond

(PARA MIRO, UM GRANDE CONTADOR DE CASOS)
27/05/13

Pai,
Preciso agradecer-te pelo simples, por tudo que nem parece ter motivo explicito de gratidão...
Pai,
Preciso te louvar pelas bênçãos que me envia através de pessoas do bem. Quando elas chegam e se aconchegam no meu canto, eu sinto Seu amor vivo , amor do Pai que cuida tão bem de mim... Porque pessoas do bem trazem Sua essência na alma e recarregam nossa energia de viver...
Obrigada, Pai. Obrigada pelas fotografias que minha alma traz de um dia que até poderia ser comum... Mas dia de saúde, harmonia, família de sangue juntinha com família de alma, sorriso puro de criança, cheiro de alho ou de café puro, crepitar de fogão a lenha e tantos outros adereços não pode ser dia comum... É dia de dizer, olhando pra lua linda que sobe, muito obrigada, Pai!!!
É preciso celebrar o simples, amar os dias comuns e agradecer pelo dia de presente vivido... Presente de viver o tempo presente!
Obrigada, Pai, por me permitir a paz...

- Cacilda Drumond -
04/06/13

É preciso ir até a raiz pra sentir que a sede incomoda? Que a água anda escassa e que não há nutrientes que permitam seguir crescendo?
É preciso mesmo sentir um desconforto imensurável pra mudar o rumo das coisas e recomeçar um caminho?
É! É preciso.
O desconforto acorda, o incômodo alerta, a intolerância é reagente...
E quem não é nossa própria água, senão cada um de nós mesmos?
E o que haverá de nutrir nossas raízes senão nossas próprias convicções e ideais?

Por onde eles andam quando nos perdemos de nós mesmos pra viver a vida em prol do comum ou de motivos especiais?!?
Nesse momento, talvez no caiba dedicar galhos fortes aos motivos especiais, folhas frágeis ao processo comum... não mais... porque nossas raízes se seguram em um limite de tempo, mas voltarão e pedirão aquilo que só a essência de cada um terá...

Por tudo e por cada um de nós, é preciso nutrir nossas raízes. É imprescindível que nossas vidas sejam vividas para e por outros motivos especiais, mas, jamais, desvencilhando nossa essência... É preciso recompor nosso jardim, diariamente...

= Cacilda Drumond =
04/06/13

Acredito nos encontros de alma.
Acredito, profundamente, que a vida retira limites geográficos, divisões físicas, culturais ou de linguagens, quando uma alma lê outra e diz amém... 
Diz amém pro amor do outro, diz sim pro talvez do desconhecido, diz "pode ser" pra possibilidade de outro alguém...
Acredito nos encontros de alma.
E que bom que eles não estejam restritos à Cinderelas ou Rapunzéis ou Brancas de Neve e seus príncipes.
Que dádiva aprender a enxergar com a alma e descobrir o brilho nos olhos de alguém e achar um perfume de amor no ar e gostar de ficar minutos ou horas dividindo qualquer coisa com outra pessoa.
Que alegria ter "pessoas-presente" presentes no caminho...
E poder olhar pra elas bem de pertinho e chamar de amiga, de irmã, de tiiiiiiiia... assim com jus ao título sem lembrar do tal do DNA porque não há "D"úvida "N"enhuma no "A"mor que sente...
Acredito nos encontros de alma.
Acredito, profundamente, em gostar "de graça", em sentir que vale a pena a existência do outro...
Ahhhhhhhhhhhh... como é bom acreditar nos encontros de alma...

= Cacilda Drumond =
18/06/13

Aprender a amar na continuidade é desafio maior que amar por instinto, por paixão que instiga, que amor que aflora...
Aprender a aceitar é desafio maior quando se agregam novas variáveis: o tempo, o cotidiano, o crescimento individual, maturidade e anseios...
Exercitar a tolerância é desafio constante diante de nós mesmos, incansáveis mutantes, ora fiéis aos nossos ideais, ora corrompidos pelo mundo lá fora...
Admitir nossas dores e delicias é desafio nobre para assegurar o equilíbrio diante de qualquer sentimento, mesmo o amor com sua nobreza e, ambiguamente, sua desafiante inconstância determinada pelo meio onde nos colocamos ou pelos meios de viver aos quais, prontamente, nos sujeitamos...
Aprender a amar é desafio nobre e nos faz melhores, ainda que guerreiros incansáveis na determinação de compartilhar uma vida com outras...

Amar é presente ganho da vida! Aprender a amar é presente retribuído à gratuidade soberana da vida ganha...

Um brinde ao amor! Um brinde à vida!

- Cacilda Drumond -
28/06/13

Nosso coração deve celebrar respostas! 
Respostas trazidas pela sabedoria do tempo, repostas traduzidas pela soberania do aprendizado, respostas que só se tem por merecimento...
Nosso coração deve se entregar pelas respostas...
Gratidão à vida que ensina,
Carinho aos que voltam pra nós,
Aconchego aos que da nossa vida nem se foram e aqui estão, trazidos pela resposta do tempo...
Ahhh !!! Que seja amada a amável soberania do tempo!
Tempo que ensina, acalma, aconchega e acalenta...
Gratidão ao tempo, pelas respostas!
Gratidão a Deus, pela existência .

E que o tempo nos faça pessoas melhores...

- Cacilda Drumond -
04/07/13

Talvez o milagre de viver feliz esteja em não esperar muito... Ou, simplesmente, em aceitar o que vem, encarar, sorrir pro cenário, sacudir a poeira e "correr pro abraço"...
Talvez "correr pro abraço" envolva abraçar quem te cerca, aconchegar o que se "achega" e seguir na proposta... 
Certo é que, em meios e entre-meios há receita sim, receita certa: cabeça erguida, coração aberto no olhar, justiça proposta em cada ato, e, sobretudo, mas bem sobretudo mesmo, a humildade. Nem pra mais, nem pra menos... A humildade de ser você, com toda fragilidade que a vida impõe, com a amplitude da certeza de não sermos nada, apenas estarmos algo, naquele momento...
Talvez assim, seja mais fácil encontrar pérolas fora do mar...
Talvez assim seja mais provável viver o máximo da alegria em momentos bem sublimemente simples...
Pessoas e fatos de discreto valor relativo e imensurável valor absoluto na matemática de viver...
Talvez assim, seja mais fácil seguir e fazer nossa história, dia após dia, desenhando e redesenhando, como deve ser.
Ora por nós mesmos, ora por outros que nos fazem melhores por eles...
Talvez assim a vida flua mais facilmente, nas suas dores e delicias, na sua mágica reticência de doação...
Certamente, o milagre de ser feliz consiste, entre outros preceitos, em não esperar muito... Apenas degustar cada gole, como o que deve ser...
Com a humildade de quem é grato por existir, tão somente existir já é motivo de agradecer!!!

Um brinde à vida!

- Cacilda Drumond -
16/07/13

Amor combina com a palavra incondicional... é quase redundante dizer que amor puro é sentimento incondicional...
Amor de verdade combina com crescimento pessoal... é fácil perceber que Deus coloca alguém na nossa estrada pra sairmos dali melhores, pra revisarmos conceitos tão arraigados, certezas tão insanas quanto profundas, pra que possamos experimentar o prazer de não ter nem mesmo uma pontinha de egoismo em nada...
É... amor puro combina demais com doação... Combina com ser pelo outro, estar por ele, existir pra ele e se aprimorar pela felicidade desse outro ser... e se ele te rouba quase todo o tempo, muito do seu sentimento, toda sua vida, nem tem problema... é amor puro que você sente e vale seguir.
Amor puro existe sim!!!
Quando alguém chega e invade sua vida e você tem certeza que ela ficou muito, muito, muito melhor. E você segue convicto de que é muito mais legal caminhar juntinho do que ter um mundo só seu. E você aprende tanta coisa com o prazer de enxergar sob outra ótica, com o respeito de reler páginas para angariar novos valores...
Ah!!! O amor... o amor incondicional existe sim...

Obrigada por me permitir o amor incondicional,

= Cacilda Drumond =