quarta-feira, 12 de agosto de 2015

02/08/13

Ensinar é arte e opção de desprendimento. Ensinar não traz soberania, traz doação...
E junto à dedicação de construir um conhecer para outro ser, desveste-se nossa alma pelo risco de lidar com o terreno alheio. Terreno que pode ter sementes sãs fertilizadas com coragem, desejo de aprender e ensinar, disponibilidade, alma limpa e coração aberto... Terreno que também se contamina de ansiedade, se compromete pela vaidade, se corrompe pela desconstrução de valores... E as sementes que podem perder a opção de germinar, também frustram, por momentos, a missão de dividir um pouco o que se pensa saber quem quer ensinar... E a missão não é maior nem melhor, apenas pode machucar.
E se ouve mais pra se concluir de forma mais efetiva e funcional o momento da fala...
E o momento ouvir não impede a fala tempestiva e oportuna, se o ato propõe a troca permeada de respeito em compartilhar...

E que Deus dê o discernimento de algumas certezas a quem pretende dividir um conceito ou um valor no caminho dessa vida :
- o ataque, quase sempre, é principio de defesa;
- enérgica doçura ou firmeza gentil nunca são atos inoportunos se limitam o desrespeito de alguém por você;
- ter razão não é mais importante que manter uma convicção estabelecida em bases sólidas quando, desta forma, não se perde o equilíbrio e a harmonia de uma relação de conceitos;
- ter vivido algo e amadurecido algum valor ou comportamento não faz necessariamente, com que um outro queira pular as fases que você já viveu. Na primeira sinalização de um não, siga e, se puder, espere lá na frente por quem puder seguir;
- algumas crianças são almas adultas e doces e alguns pseudo-adultos precisarão de muitas lições infantis pra serem minimamente doces e gentis num conflito;
- quem tem certeza de saber muito, perde o beneficio da possibilidade de aprender, trocar e crescer...

- Cacilda Drumond -

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