quarta-feira, 12 de agosto de 2015
05/08/2013
As vezes, um coração não precisa da prontidão de um sim, mas tão somente de um ombro que possa acalentar uma dúvida, reticenciar alguns poréns ou apenas aconchegar certezas...
As vezes, a solidão mesmo perto de tanta gente só traduz a vontade de que alguém fale sua língua, naquele momento...
Na verdade, a gente tem lá no fundinho da alma muitas convicções e desejos mais que concretos, definitivamente prontos pra gente voar e viver...
O que muda esse percurso de ideais e ideias é, simplesmente, a disponibilidade de ceder. E cedemos um sonho por outro, um ideal por um devaneio, uma certeza pelo questionamento de alguém... Quando se quer doar e dispor pelo outro, não há, necessariamente, perda ou desconstrução... Mas, há a dor de perder um pouco da essência, de sorrir com um pouco menos de graça e de seguir como um ser um pouco menos energizado...
E, quase matematicamente, doa mais seus ideais, sonhos, membros e ideias aqueles que tem maior capacidade de doar... E, ao doar, partem pra uma certa solidão de ser...
Quem veio ao mundo sem o poder de dispor ou o saber de servir, vive no seu mundo intacto de sonhos não mudados, de convicções nunca revistas, de certezas consolidadas. E os sonhos empoeirados, menores ou não, melhores ou apenas sãos, seguem roubando um pouco da energia do sonho de quem doa... Doa vida, doa tempo, doa paciência, doa energia... Mas pode seguir!!!
- Cacilda Drumond -
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