segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Dia dos Pais


Não gosto de dever palavras. Nem a mim mesma e, sobretudo, a quem mereça ouvi-las, vê-las, senti-las, degustá-las...

Quando alguém deixa de dizer algumas palavras, fica um vácuo no universo... a gente fica devendo...

Que fique claro que eu me refiro às palavras boas, aquelas que fazem o reconhecimento do bem do outro, que fazem um recado de amor chegar ao seu dono, ao provedor daquele sentimento bom.

Um conselho? Não guardemos boas palavras. Transformemo-as em textos, cartões, posts, beijos, abraços e carinhos que falem a quem deva ouvir...

Minhas palavras de débito poderiam ter vindo no dia dos pais. Acho que deveriam, mas, por isso estão aqui. Motivo nobre. Valem para qualquer dia de quaisquer pais...

Por que? Porque quando penso em mim em qualquer momento de autoanálise eu vejo você, papai... vejo cada quadro de uma vida inteira, vejo a gente passeando de Rural, me vejo aprendendo a andar de CG ou dirigindo uma C10 cheinha de madeira numa subida que não me suportaria nem de Ferrari... mas, me suportou porque você tava ali do meu ladinho, ditando a velha máxima de que “quem tem boca, vai à Roma”... e quando eu me vejo engolindo livros de qualquer espécie ou ansiosa por um jornal fechado esperando pelos meus olhos, eu vejo você. E quando eu reviso meu currículo, sempre sinto vontade de fazer um breve relato de todo o significado que cada fala sua teve na minha formação... Papai, esse parágrafo desbancaria meu mestrado, minhas especializações e, principalmente, meu curso de engenharia; você  bem sabe o quanto é mais engenheiro da vida que eu e o quanto me orgulho disso!

E o que mais me faz feliz mesmo, em meio a tantas coisas que poderiam encher um livro de nós dois, é o fato de te falar isso com o maior amor do mundo hoje. Te dizer o quanto é imensa e absoluta em meu coração a certeza de que você fez por mim muito mais do que poderia. Desde a fotografia que você aprendeu pra me registrar e despertar em mim um vício de sempre, das trovas que me trouxeram o gosto pelas palavras, os presentes lindos de antiguidades que só você poderia garimpar pra mim e tantos outros sonhos pequenos e grandes que você viabilizou pela minha vida...  Sem contar aquela frase inesquecível que você disse num dia de muita dor pra mim, olhando nos meus olhos... você disse: “o que você quer que eu faça? Como você quer tudo?” Talvez só você tenha sentido que naquela hora que o vovô mudou de “ares”, tudo o que eu precisava era que alguém me dissesse que estava ali e que eu não tinha ficado sozinha por ter perdido um grande amor de vida inteira... E eu não fiquei sozinha, apenas fiquei com a saudade. Tudo isso é sentido em cada minuto que eu respiro e sou muito grata a Deus por ter me trazido pra você.

Mais do que isso,  sou muito feliz por tido tempo suficiente pra entender todas as coisas e a não julgar nada que venha de você por te enxergar como alguém que só quer o meu bem, sempre!!!

Não gosto de dever palavras.

E você merece as minhas melhores palavras, atitudes, reconhecimento.

Você merece de nós, todo o reconhecimento por ter feito com que sentíssemos proteção, amor e presença incontestável, sempre, nos piores e melhores momentos das nossas vidas.

Parabéns, papai, porque todo dia é dia dos pais pra nós!!! Te amo!!!

 

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