segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Metamorfose Necessária


12/03/13

E, às vezes, é preciso metamorfosear-nos... permitir que nossos sentimentos sejam descascados e caiam como matéria inerte pra nascerem novos...
É preciso repensar valores, fazer plena releitura das pessoas e do que elas significam na vida da gente... e até entender que não mao dupla na significância, ou pelo menos, não necessariamente. Você pode viver profundamente alguém e ser um amigo trivial... ou você também pode trazer alguém com poucos cuidados e atenção, quando, de fato, suas atitudes e palavras lhe são tão importantes...
É preciso se harmonizar na metamorfose...
E, se por acaso, doer, deixar que as cascas caiam mesmo... e não renasçam pra não ficar vestígios. Que nasçam novas peles dessa metamorfose pra valer a pena a dor de mudar, de escolher, de seguir por outros caminhos, de vivenciar outras poucas pessoas.
Porque nem mesmo a solidão de uma metamorfose é tão ruim, é apenas intensa demais... Muito mais dor se tem no ato de aprender ver a olho nu o que a gente, por tantas vezes, mascara e maqueia pra que a vida flua mais facilmente. E a gente cria estratégias de sobrevivência maquiando o outro, mascarando as cenas, enrolando o enredo pra tudo fluir mais fácil... e chamamos isso de ser fraterno, ser tolerante, ser compreensivo... e danem-se nossas necessidades porque o tempo manda seguir, afinal, convivemos com o ser humano de uma era que não sabe mais isso e aquilo e tudo cai no normal... Normal falta de tempo, usual distanciamento, comuns amigos distantes, regulares pessoas distintamente afogadas em seus ninhos...
Viver é divertido, talvez até fácil porque pode ser lúdico demais aprender a viver e a gente só faz isso de uma forma, sem ensaio: vivendo... Entender que quase nunca as pessoas se vivenciam é que é parece estranho, às vezes...
Então, “bora” metamorfosear-nos... se é pra ser assim, que seja...

= Cacilda Drumond =

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